É sabido que o corona vírus (covid 19) é transmitido por vias respiratórias e superfície contaminada.
O que move as cidades são os empregos todos os dias entre 05 a 07 dias por semana fora os plantonistas, informais, uber e trabalhadoras domésticas que cruzam a cidade para vender a força de trabalho entre ônibus lotados, trens e metro. Aqui já podemos ter uma idéia do problema grande quanto a transmissão do vírus.
Por tantas vezes foi discutido e recomendado vias conferências nacionais de saúde de diversos setores da saúde que era necessário ampliar as verbas para o Sistema Único de Saúde (SUS) que era necessário priorizar os serviços públicos aos terceirizados, diminuir as horas de trabalho devido ao risco e aumentar a quantidade de trabalhadores (a) por setor, ampliar a vigilância em saúde para além das questões imediatas, mas para ações de prevenção de doenças, controle e investigação.
Hoje mais do que nunca se faz necessário um Ministério do Trabalho (hoje Ministério da Economia) para orientar tanto o empregador quanto o trabalhador que por vezes encontra-se perdido devido as orientações diversas do Estado sobre os grupos de risco e isolamento. Ontem uma dirigente no (MPT) Ministério Público do Trabalhador disse entre linhas que não há regulamento sobre este tema e que trabalhadores precisam procurar encontrar um acordo entre sindicatos e empregadores, mas sabemos também que existem muitos sindicatos patronais que vêem todos os lados menos o do trabalhador e o quanto isso demora, o governo federal por suas vezes afirmou que a economia irá quebrar caso não haja consumidores e produção (na verdade vai terminar de quebrar, porque já estava ruim) além de dizer que é possível adiantar as férias e reduzir os horários de trabalho assim como o pagamento.
Indo direto ao ponto... é necessário parar a produção das indústrias não essenciais. Os trabalhadores circulam para trabalhar e voltar para suas casas. As escolas já foram fechadas de forma acertada, assim como os shoppings , academias e parques públicos. É preciso pensar nos trabalhadores informais sem registro, pessoas em situação de vulnerabilidade e dos micros empresários de baixo lucro.
Ninguém espera o pior, entretanto é necessário pensar nas experiências de outros países que estão em situações piorem que a nossa, é necessário pensar e olhar para a história de doenças transmissíveis que fizeram estrago no mundo, é necessário pensar de forma coletiva e ajudar quem mais precisa e antes de tudo é necessário pensar na vida e não no lucro.
Vamos compartilhar informações oficiais e não especulações ou fake news, o momento agora é de união, organização e luta para sairmos desta o melhor possível
Thiago Loreto, Assistente Social e Trabalhador de um Centro de Referência em Saúde do Trabalhador( CEREST)
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