Trabalhadoras no enfrentamento à Pandemia de COVID-19 e ao capitalismo XXI.
Que tipo de vírus enfrentamos??
● Diante de um vírus invisível aos nossos olhos e todas as adversidades trazidas pela pandemia, ainda sofremos com ações políticas que, ano após ano, desestruturam os serviços públicos e impedem o cumprimento das normativas.
Enquanto linha de frente, temos de lidar com dificuldades advindas da insuficiência de recursos e também com o fluxo de atendimento nos serviços que não contempla a necessidade da população. O quadro atual – que já era preocupante antes mesmo do congelamento do teto de gastos e de outras intervenções depreciativas – impede a defesa dos direitos socioassistenciais, violando o seu propósito de prestar serviço a quem dela necessita, além de desprestigiar as trabalhadoras. Impede também a discussão de assuntos como a educação permanente e o trabalho psicossocial. Imploramos para tentar obter os recursos mais triviais ao local de trabalho, como a garantia de lanches para as atividades coletivas.
O histórico de supressão de direitos e a falta de investimentos na assistência social provocam a precarização das condições de trabalho e transformam a rotina de trabalho em fonte de desânimo, estresse e ansiedade.
Com a péssima perspectiva em relação ao futuro do SUAS, a tendência é que a assistência se transforme em assistencialismo, ocasionando uma visível corrosão das estruturas de serviço. O cenário exige que coloquemos em prática a defesa intransigente de direitos, utilizando ferramentas que sempre estão ao alcance das trabalhadoras:
O Companheirismo - para familiaridade e reconhecimento de pertencimento de uma mesma classe;
A Comunhão - para identificação de um mesmo propósito social;
A Comunidade - para, unidos, levarmos adiante as nossas lutas;
Contudo, é necessária a convicção de que se deve buscar uma perspectiva econômica política que não permita aproximação com a situação de miserabilidade de qualquer pessoa. Tendo, na militância, um caminho para a ampliação do entendimento das relações de classes estabelecidas e do enfrentamento das ações maléficas impostas pela classe dominante.
Nossa disposição é a "vacina" que pode nos imunizar desses agentes que infectam a classe trabalhadora com um tipo de política de interesses que assola o povo, expondo-o a condições precárias. A organização das trabalhadoras se dá por meio das próprias trabalhadoras em fóruns, associações, frentes e sindicatos. E a participação permite uma reciprocidade de conhecimento e aprendizados. Esse é o caminho para uma sociedade sem classes.
Diante desses tempos de barbárie, não vamos abrir mão do nosso papel histórico de trabalhadoras na luta com caráter emancipatório.
Afinal, que tipo de vírus enfrentamos?!?!
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