quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Nota de Repúdio contra as alterações propostas na Politica de Saúde Mental

Fórum Regional de Trabalhadoras e Trabalhadores do Sistema Único de Assistência Social da Baixada Santista
        Instituído em 24/06/2015

NOTA DE REPÚDIO

O Fórum Regional dos Trabalhadores do SUAS e as entidades representantes: ABRAPSO, CRPSP SUBSEDE BAIXADA SANTISTA E VALE DO RIBEIRA, SINDSERV SANTOS, CRESS-SECCIONAL DE SANTOS, juntamente com os/as trabalhadores/as e usuários/as, vêm a público externar repudio a proposta da Política Nacional de Saúde Mental apresentada recentemente pelo governo federal e as alterações que ela propõe na RAPS.
 Apoiamos as notas de repúdio da Frente Estadual Antimanicomial de São Paulo (FEASP), Associação Brasileira de Saúde Mental (ABRASME), Fórum Paulista da Luta Antimanicomial (FPLAM), Fórum de Saúde Mental da Zona Leste, Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH), Conselho Federal de Psicologia (CFP), Craco Resiste, Inclui Mais, Sã Consciência, Sindicato dos Psicólogos do Estado de São Paulo, Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO), Conselho Federal de Serviço Social (CFESS), Conselho Regional de Psicologia de São Paulo (CRPSP) e demais entidades de notória atuação em defesa da saúde pública e dos direitos humanos. O manicômio (e suas versões atuais, os hospitais psiquiátricos e comunidades terapêuticas) é historicamente modelo de exclusão das pessoas em sofrimento mental e de violação de seus direitos, sendo erroneamente pensado como estratégia de cuidado. A atual Política de Saúde Mental Brasileira é reconhecida internacionalmente pela Organização Mundial da Saúde como um modelo exitoso de cuidado ao sofrimento psíquico com respeito aos direitos humanos e tecnicamente efetivo em relação à reabilitação psicossocial. Nosso país vive um aprofundamento das desigualdades sociais neste último ano e meio, fruto do Estado de exceção ao qual foi submetido e das recentes perdas e ataques a direitos historicamente constituídos e garantidos ao longo das últimas três décadas do processo de democratização, proporcionando repercussões diretas na saúde mental da população. A proposta feita pela atual Coordenadoria Nacional de Saúde Mental visa atenuar tais tensões sociais por meio da medicalização dos conflitos sociais, favorecendo a indústria farmacêutica e seus aviltosos lucros e a valorização da produção e cronificação de doenças em detrimento de um cuidado que valorize a vida. Exigimos a reprovação da proposta na reunião da Comissão Intergestora Tripartite, de 14/12/2017, e requisitamos que qualquer debate sobre a Política Nacional de Saúde Mental ocorra de maneira ampla, democrática e referendada pelo controle social.
 Seguimos na luta Por Uma Sociedade sem Manicômios.
 Nenhum passo atrás, manicômio nunca mais!

 FORTSUAS-BS manifesta de forma veemente sua posição contrária a qualquer retrocesso.




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